quinta-feira, 14 de março de 2013

Comida é cultura


Um elemento que passa desapercebido, muitas vezes, mas que revela muito da cultura e da história de um povo é a sua alimentação. Pode ser um bom tema disparador, para iniciar um projeto, uma atividade didática, uma discussão. Ainda mais se o trabalho for inciado a partir da realidade dos alunos. Como se discute há um bom tempo em Educação, por vários teóricos, é necessário que a aprendizagem seja significativa, que haja envolvimento com o que se estuda, para que haja apreensão de conhecimento. Por isso, volto a dizer, vale a pena valer-se daquilo que está presente na mesa dos estudantes, daqueles pratos que as avós e mães sempre preparam para se desdobrar aquele momento de sensibilização em estudos.
Para deixar uma indicação e, também, um pouco de água na boca, segue o trailler do documentário de 2011, de Helvécio Ratton, "O Mineiro e o Queijo".



segunda-feira, 4 de março de 2013

Literatura de Cordel

A literatura de cordel é um gênero literário tipicamente brasileiro, cuja origem remonta ao século XIX. É intensamente produzida na região nordeste, ligada às tradições de repentistas e cantadores. Desenvolvemos trabalhos interessantíssimos com estudantes de 7ºano do Ensino Fundamental, tendo como base a literatura de cordel. Além de adicionar ao repertório dos estudantes mais essa manifestação popular da nossa cultura, é um campo muito fértil para o trabalho interdisciplinar, uma vez que pode envolver Artes, Produção de textos, História, Geografia...
Nas imagens abaixo, alguns trabalhos realizados pelos estudantes durante a aplicação desse projeto:


Trabalhos produzidos por alunos de 7º ano

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Professor: a ponte entre Ciência, Sociedade e Cidadania


Professores são porta-vozes do mundo da Ciência. Dessa forma, um dos papéis que lhes cabe é realizar a ligação entre a Academia e a Sociedade (representada pelos seus alunos e comunidade escolar). É necessário, para isso, que o professor se aproprie do conhecimento científico, indo além do senso-comum.
Pensando nisso, deixamos como indicação hoje a leitura de um artigo do Prof Dr. Carlos Alberto Máximo Pimenta, sobre violência entre torcidas organizadas. Pimenta é autor, inclusive, de um livro sobre o tema que está na pauta dos últimos dias e pode motivar diversas discussões em sala de aula.

Para acessar o artigo indicado, clique aqui.

A violência das torcidas organizadas é um tema que pode gerar importantes discussões em sala de aula

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Possibilidades: o ensino de História e a cultura popular

Aproximar o passado ao presente, o que se estuda ao que se vive... Essa é uma boa estratégia para tornar o estudo de disciplinas como a História mais atraente aos jovens estudantes. Ao longo da carreira, tenho percebido uma forte rejeição dos estudantes para com a História. Uma das alternativas que encontrei foi estruturar algumas ações pedagógicas fora do livro, recorrendo a elementos presentes hoje. Além disso, uma preocupação que sempre tive foi a de valorizar aspectos da nossa cultura popular.
Quer ver um bom exemplo?

As Cavalhadas, uma festa da cultura popular que pode revelar muito sobre a Idade Média, sobre a formação cultural do povo brasileiro e até mesmo ciclos econômicos. É um festejo popular que recria uma importante batalha medieval e que é praticado até hoje.

Na foto abaixo, cena da Cavalhada de Catuçaba, distrito de São Luís do Paraitinga-SP, em 2012. É de encher os olhos as roupas vermelhas e azuis de "mouros" e "cristãos" e o espetáculo de perícia que eles realizam.


quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Escola de... quando?

Chega o fim do ano e, com ele, uma época de tensão e nervosismo para os professores. É o momento de fechar notas, dar conta de toda a documentação que precisa estar em dia e, ainda, ir para a sala de aula com alunos ansiosos pela chegada das férias...
Nesse momento, o foco no trabalho pedagógico quase desaparece: a preocupação maior é dar conta de diários de classe, papeletas de notas, registros de dificuldades apresentadas pelos alunos... E é nesse ambiente que observamos o quanto estamos presos ao passado. Obviamente, o que apresentarei aqui não é uma regra sem exceções, mas reflete muito do que tenho observado em diferentes redes de ensino.
Nossa sistema educacional, em grande parte dos casos, ainda está no século XIX. A se iniciar pela disposição das salas de aulas: quadradas, com várias cadeiras enfileiradas e o lugar reservado para o professor na frente da sala. E desse para outros aspectos de que falarei em outros momentos. Hoje, quero falar sobre as obrigações burocráticas que sufocam as escolas.

Tecnologia na escola


Muito se fala sobre o uso de recursos tecnológicos na Educação. Há até exageros, colocando a simples adoção de tais recursos como a solução para todos os problemas. Não acredito que o caminho esteja por aí. Acredito que a tecnologia deva ser adotada de forma criteriosa, onde for necessária e não só por se fazer. Acredito, também, que alguns recursos de informática seriam extremamente benéficos no que diz respeito à burocracia escolar.

Para quem não conhece, é bom alertar: por trás do trabalho em sala de aula, há a necessidade de se registrar cada procedimento, cada atividade, intervenção realizada com cada aluno e por aí vai. Frescura, exagero? De forma alguma. O processo educativo necessita mesmo de registros minuciosos, detalhados, como forma de garantir uma educação de qualidade. Mas isso não pode ser a prioridade. Não pode ser um fim em si, como acaba se tornando em algumas realidades escolares. E é nesse ponto que a adoção de ferramentas da informática pode entrar. Se, ao invés de fazer seus registros de forma manual, em que há o risco de rasuras e erros, os professores tivessem acesso a recursos como um diário de classe digital, o ganho de tempo seria imenso. Tempo este que poderia ser utilizada para se colocar a relação professor-aluno em primeiro plano. Dar a esse momento de construção do aprender o protagonismo que merece. A escola precisa entrar de vez no século XXI, pensando, principalmente, naqueles que a "fazem" no dia-a-dia.
Segundo pesquisa do Banco Mundial de 2011, em alguns estados brasileiros os professores perdem até 31% do tempo de aula com tarefas administrativas e burocráticas